domingo, 27 de janeiro de 2013

Supérfluo

Essencial é o mar, o barco é supérfluo...
O pão é essencial, a manteiga e o supérfluo...
Num instante, aquilo que até ali fora essencial, se torna supérfluo, irrelevante.
De que adianta admirar o barco, e não dar valor ao mar que o sustenta ?
De que adianta um pote da melhor manteiga, se não houver pão ?
De que vale, expor um sentimento para quem tem tantos ?
As vezes nos sentimos essenciais, o que mais falta para outra pessoa, o que completa esse alguém.
Infelizmente a realidade é bem outra...
Somos supérfluos.
Somos como o guarda chuva, que em dias de sol é inútil.
E quando a ficha cai ?
Bem, ai está o outro lado da moeda...
De vintém atirado ao chão, viramos fortuna em um banco da Suíça.
Descobrir o próprio valor, que não tem preço.
Sempre haverá alguém sedento pelo que somos...
Para alguém, somos essenciais.
Auto valorização, essa é a chave.
Amores vão, amores vem, cada qual com sua dose, seu tamanho...
Hoje um amor nos coloca no pico mal alto do mundo, e amanhã, no buraco mais fundo da terra.
Depende de quanto queremos ser pequenos diante dele...
Ou grandes.
Não estou aqui escrevendo, como que querendo dar indiretas ou coisa parecida.
Apenas descobri que nada é essencial...
E que tudo pode ser supérfluo.
Apenas o que é "incondicional" sobrevive.

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